Nem sempre fui "global"... parte 2

Há duas semanas, o Opinião & Opção iniciou uma lista de profissionais que, antes de brilhar na Rede Globo, passaram por outras emissoras. O destaque daquela vez foram os apresentadores. Continuando o Ranking O&O, veja agora algumas atrizes que seguiram os mesmos passos, e hoje estão firmes e fortes na líder de audiência do Brasil.

Ana Paula Arósio ganhou muito destaque na TV Globo vivendo importantes protagonistas de época, como a italiana Giuliana, de Terra Nostra (1999) e Hilda Furacão, da minissérie homônima (1998). A modelo de lindos olhos azuis começou a interpretar em comerciais, mas sua primeira experiência como atriz foi mesmo na rede de Silvio Santos. No SBT, trabalhou em produções de relativo sucesso, como Éramos Seis (1994) e Os Ossos do Barão (1997), além do extinto TeleTeatro. Em 2004, protagonizou a minissérie Um Só Coração, onde viveu Yolanda Penteado. Além de cinema e minisséries, nos últimos anos atuou em novelas, como Páginas da Vida (2006) e Ciranda de Pedra (2008).

Fernanda Vasconcellos, assim como outras estrelas globais, começou sua carreira de atriz na novelinha Malhação, interpretando a insossa protagonista Betina, da temporada 2005. Seu começo na TV também aconteceu no SBT, ainda aos 13 anos, como figurante do Fantasia. Foi também assistente de palco de José Luís Datena no game show No Vermelho, em breve passagem pela Record. De volta ao SBT, a paulista aparecia sorrindo e dançando em trajes mínimos, agora como dançarina do Domingo Legal e figurante do humorístico A Praça é Nossa. Hoje, não tanto tempo depois, Fernanda é um dos nomes jovens mais importantes da dramaturgia platinada, e entre outros trabalhos, viveu a fantasminha camarada Nanda, em Páginas da Vida (2006), e a mocinha Laura, em Desejo Proibido (2007). Além disso, está confirmada como uma das protagonistas da próxima trama das sete, Bom dia, Frankstein.

Drica Moraes, atriz de forte veia cômica, começou sua carreira novela Top Model (1989), da Globo. No início da década de 90, partiu para a Rede Manchete, onde ganhou destaque com a vilã amargurada, rancorosa e mal-humorada Violante, em Xica da Silva (1996) - já falei que ela era mal-amada? Pouco tempo depois, voltou à Globo, onde viveu Madalena, protagonista da novela Era uma vez... (1998). Seu ar de vilã voltou à tona em 2000, quando interpretou Marcela, em O Cravo e a Rosa. De lá pra cá, fez participações em filmes, seriados e novelas, mas se destacou pelas personagens cômicas nas tramas de Walcyr Carrasco, Chocolate com Pimenta (2003) e Alma Gêmea (2005). A atriz poderá ser vista em breve na série Decamerão - a comédia do sexo.

Giovanna Antonelli foi outra que deu as caras em Xica da Silva, onde vivia Elvira. Mas seu primeiro trabalho mesmo foi como "angeliquete", também na Manchete. Como atriz, porém, Giovanna estreou na Globo mesmo, na novela das seis Tropicaliente (1994). Em 1998, voltou à Globo, onde participou de Corpo Dourado. Giovanna já passou por várias mudanças de visual para interpretar suas personagens. Entre as de mais destaque estão a garota de programa Capitu, em Laços de Família (2000), Jade, a mocinha marroquina de O Clone (2001), e Bárbara, a vilã que de tão ruim era boa, em Da Cor do Pecado (2004). A última aparição da atriz foi como a destrambelhada Branca, em Três Irmãs (2008), mas será possível revê-la em breve, como uma das malvadonas de Viver a Vida.

Taís Araújo pode ser considerada uma pioneira na TV brasileira. Logo no início da carreira como atriz viveu uma protagonista, Xica da Silva (1996). Quase uma camaleoa, interpretou várias personagens de estilos bem diferenes, tendo como um dos maiores destaques a primeira protagonista negra da história da Rede Globo: Preta, de Da Cor do Pecado. Além de atriz, Taís é apresentadora, e comanda o programa Superbonita, no canal pago GNT. Recentemente, interpretou Alícia, em A Favorita (2008), e ainda em 2009, terá outo desafio: dar vida à primeira protagonista negra das 8, em Viver a Vida, além de ser a primeira Helena negra de Manoel Carlos.

.: Ainda não acabou! Fique ligado na terceira parte do ranking "Nem sempre fui 'global'". E para ver a primeira parte, clique aqui.

P.S.: Antes que alguém pergunte, o intuito aqui não é citar todos os profissionais que mudaram para a Globo, senão eu estaria frito! Já tenho um número limitado, mas se rolarem algumas sugestões, poderão ser acrescentadas.